quarta-feira, 18 de junho de 2014

Vida de Emigrante Part-Time - a Saudade Paternal

Vida de Emigrante Part-Time - a Saudade Paternal

Já fui emigrante full time, agora sou part time. Que é como quem diz: tenho de me ausentar temporariamente em trabalho.
A grande diferença, agora sou pá (que é a forma do preguiçoso do Sancho dizer papá).

Uma semana sem o patife começa muito bem!
Que sossego! Consigo jantar sem ter os sentidos todos em alerta para comida que ganhou asas, garfos que servem para coçar os olhos e pratos usados como chapéu. Consigo dormir sem interrupções! Consigo acordar e calmamente tomar o duche e o pequeno almoço! Consigo estar 10 minutos inteiros sem ouvir a esposa querida a calmamente gritar:
  "Olhá criança, está a ________"    (substituir por "comer lápis de cera", "morder a cadela", "brincar com a tomada", "trepar ao móvel da sala", "atirar-se da cama", "morder os cabos elétricos" , etc.)

E no fim do primeiro dia... Tenho saudades! Isto assim é um tédio.
E fico um chato saudosista de 1ª categoria. Não me calo com o historias do puto, não paro de mostrar as fotos que tenho no telemé aos colegas todos de trabalho (que além de serem alemães.. .grrr, estão-se pouco borrifando para o assunto) , não paro de de pensar "será que foi esta semana que ele aprendeu a usar o excel e eu perdi esse momento?" 



Lema: O que tem de ser, tem muita força!

E um sincero sentimento de admiração para todos os pais e mães que são Emigrantes Full Time e passam meses sem sequer ver a família. Respect!


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